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Arco I: Prisão de Valeseco

Capítulo I: Um porrete, um vegetal e uma luz A luz do sol permanecia quadrada dentro da sua cela escura e fria. Não sabia há quanto tempo se encontrava naquele local. Sentia saudades do sol em sua forma circular ou até mesmo a face de alguém, apenas vislumbres de alguma coisa perdida na atmosfera atingia a sua retina. A Única coisa ao seu alcance era aquela luz quadrada refletida no canto da cela e as vozes dos guardas que faziam as vistorias e entregavam a comida. Uma por dia, uma mistura de purê esverdeado com pedaços de cenoura e um copo de água e um pão geralmente banhado em fungo. Esse era a melhor parte do pão. Deitado no canto em frente a porta permanecia esperando alguma coisa acontecer, mas nada iria acontecer ali naquele universo estático e escuro. A latrina ao seu lado fedia a mijo e a seus dejetos que há um breve período aparentemente estava entupida. Sua pele estava seca e pálida, suas unhas grandes e quebradas, os cachos dos seus cabelos estavam desgrenhados e p